sábado, dezembro 13, 2008

Para ver o céu


Minha "filha" me perguntou como eu conseguira escrever bonito a partir da simples observação dela tomando chuva. Bom, posso ser meio exagerado, já até me disseram que sofro da doença de “sentir demais”. Virtude de coração ou defeito de peito frágil ? A verdade é que nós, o românticos e sonhadores incuráveis, podemos amar e sermos felizes demais, e sofrer como ninguém. Isso não tem cura [tá, a vida ensina...], mas o que escreve nossos textos, é apenas o amor. E esse - quando munido de pincéis, canetas, teclas de computador etc – pode pintar as telas mais expressivas. Exageradas? Não, verdadeiras. Sim, você deveria se esforçar para escrever também, mas talvez sua poesia seja outra: aquele abraço de verdade que está me devendo.
Mas está bem, vou lhe dar então um poema de presente. São versos encantados do americano William Blake, que ensinam muito sobre escrever bonito a partir da observação. Tenho certeza que você, com esse olhar tão belo e expressivo, conseguirá se expressar [escreva, por favor] depois de ler e viajar em cima dessas palavras:
To see a world in a grain of sand
and a heaven in a wild flower
hold infinity in the palm of your hand
and eternity in an hour

[Para ver o mundo num grão de areia
e o céu numa flor selvagem
abrace o infinito na palma de sua mão
e a eternidade em uma hora]

P.S. E vocês, meus leitores, conseguem enxergar o mundo num grão de areia? O que vocês vêem?

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