sexta-feira, julho 17, 2009

Tri há só um


Ontem, na minha chegada a Belo Horizonte, os atleticanos não paravam de buzinar e gozar os cruzeirenses, abatidos pela perda em casa da Libertadores. Uma perda doída porque os mineiros foram atropelados pela raça e técnica muito maior dos argentinos. Quem entende de futebol sabia muito bem o tamanho das bobagens que Galvão Bueno falava antes do início do jogo, dando favoritismo ao Cruzeiro, como acreditavam os próprios jogadores e dirigentes mineiros, que até já pensavam em planejar como reforçar a equipe para Tóquio. O que se viu então no Mineirão, na noite de quarta-feira, foi um banho dado pelo Estudiantes, um banho de futebol de toque envolvente, muita garra e sim, porrada, porque final de Libertadores é coisa pra macho. Galvão esqueceu também que em uma grande final, favorito é o clube que tem um grande craque. E ressaltar o papel e valor de um grande craque que ainda é um deus da raça. Falo de La Brujita Verón, é claro, o homem que engoliu o Mineirão abarrotado de 61 mil cruzeirenses e fez a torcida do Estudiantes, 3 mil loucos, cantarem mais alto que a massa azul em muitos momentos da final. Foi Verón que impulsionou seu time à frente (sim, Galvão, os argentinos vieram pra jogar compactos, e não fechados atrás, como você acreditava) e contou para isso com a parceria de belos meias e atacantes insinuantes, que partiram pra cima e acabaram com a frágil defesa azul. Ao Cruzeiro restou esperar algum milagre que Kleber, bem marcado, não fez.
Justiça feita ao melhor time.
Justiça feita à verdade brasileira em Libertadores: só há um único Tri, o São Paulo.
PS – Torcedor fanático é uma espécie completamente imbecil. Sim, conhecer o Mineirão é uma experiência incrível, mas ir lá pra ver o nojento grupo do São Paulo ser massacrado pelo Atlético e suas 54 mil vozes ensandecidas ontem foi a pior experiência da minha vida, mas isso é assunto para outro post em breve, quando voltar a Sampa.

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