quarta-feira, setembro 16, 2009

Por que pouco falaram dela?


A cena vista nessa foto é tão bela quanto rara na história do tênis. Uma mãe comemorando um grande título com a filhinha pequena. “É uma história maravilhosa para o tênis feminino”, afirmou o suíço Roger Federer sobre o feito da belga Kim Clijsters, 26 anos, que tornou-se apenas a terceira mãe na história a vencer o US Open, o Aberto dos Estados Unidos, no último domingo. O mais incrível é que Clijsters só voltou a jogar profissionalmente há alguns meses, após ficar dois anos e três meses parada. Parada mesmo, porque ela tinha abandonado o tênis para se casar e ter uma filha, a pequena Jada.
Clijsters, que já foi a número 1 do mundo no passado, só entrou no US Open como convidada. Entrou para surpreender a todos e eliminar duas das grandes favoritas, as irmãs Williams, Venus e Serena. Na final bateu a dinamarquesa Caroline Wozniacki em dois sets.
Pena que a façanha da belga foi pouco explorada na mídia, talvez por não ser uma das musas do circuito. Imaginem se uma Sharapova larga a raquete, vira mãe e depois volta sendo campeão de novo o espaço que ganharia...
Resta, pelo menos, a lição de Clijsters: ser mãe não precisa ser o fim da vida de uma tenista de ponta. Pelo contrário: a responsabilidade e amadurecimento que esse estado exige torna uma atleta ainda mais focada e determinada. Sabem bem disso algumas grandes mães campeãs do esporte brasileiro, como a antiga musa do vôlei, Isabel e, caso bem mais recente, nossa campeã olímpica do salto em distância, Maurren Hagi.
Parabéns então a essas duplas campeãs do esporte e maternidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário