terça-feira, setembro 07, 2010

Scola, erros e sumiço engolem o sonho brasileiro


   (Huertas e sua atuação monumental quase levaram o Brasil mais longe)
Os brasileiros não conseguiram parar o espetacular ala-pivô argentino, Scola, que dominou o garrafão ofensivo (de onde fez a maioria de seus arremessos) botando no bolso Tiago Splitter e, sobretudo, Anderson Varejão, para marcar 37 pontos (!). Outros 20 pontos do excepcional ala Delfino e um trabalho excepcional do armador Prigioni completaram a supremacia argentina, mesmo com uma guerreira atuação dos brasileiros, que jogaram de igual para igual nos acirradíssimos três primeiros quartos. O grande homem brasileiro foi o armador Marcelinho Huertas, 32 pontos, algumas roubadas de bola e cestas incríveis de 3 pontos. Leandrinho esteve bem até o quarto final quando repetiu a história de outros frustrados carnavais: começou a chutar de 3 no desespero e ainda perdeu a bola do jogo quando faltavam menos de dois minutos para o fim do jogo e perdíamos por apenas 2 pontos. Tinha a bola dominada mas perdeu-a com o seu habitual descontrole na hora H.
O treinador argentino do Brasil, Rubén Magnano, conseguiu de novo tirar o máximo da maioria de seus jogadores, colocando quase todos para jogarem bem (exceto Raulzinho, que não entrou, e o ET Nezinho, como sempre em outra órbita...), com determinação e aplicação. Mas Magnano não contava com o rendimento baixo debaixo da tabela de Splitter (10 pontos mas não conseguiu deter Scola) e, especialmente, do omisso Varejão (7 pontos), que se escondeu no quarto final e lutou muito menos que Splitter, que pelo menos conseguiu forçar muitas faltas em seus defensores.
Falta aos pivôs brasileiros também um décimo da manha de outro gigante argentino, o pivô Fabrício Oberto.
No final, nossos homens da NBA foram quem entregaram o ouro (Leandrinho e Varejão), mas pelo menos o Brasil voltou a ser respeitado, graças a Huertas, Splitter, Marcelinho Machado (10 pontos), Guilherme (7) e Alex.
Justo, porque esse envelhecido mas cirúrgico e matador time argentino é simplesmente vice-campeão mundial (2002) e campeão olímpico (2004). E ninguém é mais letal que Scola, que arremessa com toda a marcação em cima como se enfrentasse apenas vento, como se tivesse uma metralhadora em suas mãos impiedosas. É ele o grande monstro do Mundial até agora.

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